quinta-feira, setembro 08, 2011


Sobre um coração meio louco...

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Você estava parado lá, com um olhar penetrante e um sorriso radiante, eu te observei por uns 30 segundos e você continuava imóvel. Não sei ao certo qual o exato momento que aconteceu, mas quando eu percebi seu rosto estava em minha mente e seu nome me causava arrepios.

É sempre igual, começa leve como uma brisa, depois a coisa te invade como um furação e não é preciso ser médico graduado na usp pra constatar qual a sua doença: paixonite.

Sofro desse mal desde que meninos deixaram de ser aquelas crianças irritantes que te irritam no parquinho. Os sintomas são os mesmos, coração acelerado, quase taquicardia, olhos brilhantes e um sorriso bobo estampado no rosto.

E, dessa vez, passei a  bola pra você, ou melhor, o coração, te arranjei um quarto com suíte aqui dentro e tô só esperando a hora de ir morar no seu, mesmo que seja em uma barraquinha montada às pressas.

E o engraçado é que você nem é especial, não tem olhos claros, corpo perfeito, não é super educado e nem tem QI acima da média, sem te conhecer direito já sei seus defeitos, e acho, inclusive, que você é meio louco, assim como o meu coração que de uma hora para outra te joga aqui dentro sem aviso prévio.

Mas sabe aquela sensação de tô nem ai? Então, eu não tô nem ai, eu só quero você aqui e depois... Ah, depois a gente vê o que é que faz.

1 comentários:

Anônimo disse...

Que lindo!!!
Como essas paixonites são meio malucas, já passei tanto por isso e tenho a sensação que estou passando outra vez.
E na verdade não são os olhos o corpo ou o QI, não é mesmo flor? É aquele jeito meio sonso de nos olhar, ou até mesmo jeito desligado de não perceber nossos olhos carentes pedindoooo...
Ah! Amei seu texto, tão vivo!
Beijinhos

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